Justiça converte em preventiva prisão de suspeito de matar ex à pedradas em BH
Decisão foi tomada nesta quinta-feira (12) durante audiência de custódia; corpo da vítima foi encontrado ocultado em área de mata na capital mineira
Minas Gerais|Andrea Silva, da RECORD MINAS

A Justiça converteu, na tarde desta quinta-feira (12), durante audiência de custódia, a prisão em flagrante de Davidson da Silva Vieira, de 31 anos, em prisão preventiva. Ele é suspeito de matar a ex-companheira, Ivanda Aparecida Viana, de 57 anos, cujo corpo foi encontrado na última segunda-feira (9) em uma área de mata no bairro Jardim Vitória, região Nordeste de Belo Horizonte. A vítima estava desaparecida desde o dia 1º de junho.
A conversão da prisão foi fundamentada pela gravidade concreta do crime, pelos indícios de autoria e materialidade, e pelo fato de Davidson ser reincidente, com condenações penais anteriores por roubo simples, roubo majorado e porte ilegal de arma de fogo de uso . O juiz Leonardo Antônio Bolina Filgueira, da Central de Audiência de Custódia da Comarca de Belo Horizonte (CAC-BH) entendeu que a medida é necessária para garantir a ordem pública e a instrução criminal.
Investigação e prisão
Segundo o Auto de Prisão em Flagrante (APF), homologado pela Justiça, a Delegacia de Desaparecidos do DHPP começou a investigar o sumiço de Ivanda em 1º de junho. A partir de diligências e dados obtidos com empresas de transporte por aplicativo, os investigadores identificaram o envolvimento de Davidson, ex-namorado da vítima.
Na noite do desaparecimento, os dois teriam saído juntos da casa de Ivanda, no bairro São Cristóvão, região Noroeste, onde ela estava com amigos e familiares. Registros mostraram que o casal embarcou em um carro de aplicativo às 22h26. Mais tarde, o suspeito embarcou sozinho em outro veículo, segundo as investigações.
Durante as apurações, os policiais também descobriram que Ivanda havia feito uma transferência de R$ 2.400 para Davidson no dia do desaparecimento e que, dias antes, ela contratou um empréstimo de R$ 5.000 a pedido dele.
O corpo da auxiliar de serviços gerais foi encontrado em 9 de junho, por volta das 10h20, em uma área de matagal às margens da BR-381, no Jardim Vitória, na região Nordeste. Estava coberto com pedras e vegetação, e só foi localizado com o auxílio de um cão farejador do Corpo de Bombeiros. Buscas anteriores haviam ado próximo ao local sem sucesso.
Davidson foi preso no mesmo dia em que o corpo foi localizado. Ele estava hospedado em uma pousada na cidade de Santo Antônio do Amparo, no Sul de Minas, e foi abordado por policiais da Delegacia de Desaparecidos em conjunto com agentes da delegacia local.
O caso
Ivanda desapareceu após sair com o ex-namorado para acompanhá-lo até um ponto de ônibus, no início da noite de 1º de junho. A partir daí, ela não foi mais vista. Familiares relataram que tentaram contato com a vítima e, sem resposta, procuraram Davidson. Ele afirmou que os dois se despediram e que pegou um ônibus para Betim, onde residia.
A família também teve o a mensagens trocadas entre os dois, que indicavam um relacionamento conturbado e repleto de desentendimentos. Durante a semana seguinte ao desaparecimento, dois corpos chegaram a ser confundidos com o de Ivanda, aumentando a angústia dos parentes.
Na quarta-feira (11), o corpo de Ivanda foi finalmente liberado pelo IML e enterrado pela família. Durante o luto, os familiares ainda tiveram que lidar com golpistas que utilizaram o nome de uma sobrinha da vítima para aplicar fraudes solicitando dinheiro.
Com a prisão preventiva decretada, Davidson da Silva Vieira permanecerá custodiado enquanto prosseguem as investigações e o processo judicial.
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